Tinha prometido a mim mesma que quando a minha página atingisse os 1.000
gostos no Facebook faria uma “Festa”… Claro que não haveria foguetes, nem
fogo-de-artifício, muito menos jantares, nem entrega de prémios. A minha
comemoração passa única e simplesmente por voltar a escrever neste meu blogue e
lembrar-me da “Festa” do modo como eu a vejo e como a vivo. Não, não é por
criticar da forma que o faço que deixo de viver a Festa dos Toiros de forma
intensa e muito apaixonada.
A propósito, assisti ontem a uma entrevista com o maestro José Miguel
Arroyo “Joselito”, da qual retive algumas ideias que vão de encontro ao que eu
penso e outras que me trouxeram algo de novo. Disse o maestro que os chamados
críticos taurinos não devem dizer “mal” da Festa, ou melhor, não devem realçar
apenas o que está mal e que esse é um dos factores que contribui para o estado
em que a mesma se encontra. Concordo que sim, apenas com uma ressalva: para bem
da Festa devemos continuar a defender os valores em que acreditamos e não nos
deixarmos levar em facilitismos, elogiando tudo e todos, atribuindo prémios “a
torto e a direito”, sem critérios e só por que sim.
Por isso continuarei a dizer o que sinto e o que defendo para a Festa
que quero. E se, neste momento, esses valores cada vez mais escasseiam, na
altura em que desaparecerem por completo eu sairei também da cena em que cada
vez menos me revejo.
Disse também o grande “Joselito” (e confesso que gosto tanto deste como
do José Miguel Arroyo) que o mais importante na Festa é o Homem. Fiquei
perplexa!!! Então eu que sempre tenho ouvido dizer que o mais importante é o
toiro oiço agora esta importante figura dizer que não é assim?! Mas a sua
explicação tem todo o sentido: é o Homem que “faz” o toiro…E para além deste,
temos o Homem que apodera, temos o Homem que é empresário, temos o Homem que é
aficionado. E é este Homem, nas suas várias facetas que constrói (ou destrói) a
Festa.
Bem, mas o que aqui me trouxe hoje
foi realmente a dívida que tenho para quem gosta desta minha página, sem
qualquer tipo de interesses ou contrapartidas. E já são mais de mil, o que,
para uma modesta apaixonada pelos toiros, é deveras encorajador e
reconfortante. Obrigado, pois, a todos quantos contribuíram e contribuem para
este meu Refúgio. Saudações taurinas para todos!
Por: Catarina Afonso
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