É VERDADE! Mesmo sem quase “ligar” nenhuma aos seguidores do meu Refúgio, ultrapassei já os 2.000 “gostos” na página do facebook.
Por isso queria, em primeiro lugar agradecer a todos os que, apesar do meu desleixo (ou talvez falta de motivação) continuam a ver a minha página que, cada vez menos tem sido o meu refúgio, mesmo em época alta de toiros.
Também É VERDADE que esta temporada ainda não pus os pés em praças de toiros em Portugal. É VERDADE que, noutras temporadas, tinha já estado presente em mais de meia dúzia de praças e em mais de uma dezena de corridas. Sempre a pagar, claro, para contribuir para a “nossa” Festa…
É VERDADE que este ano decidi trocar as minhas idas ao CP por idas a Madrid (Las Ventas), dizem que a “maior” praça de toiros do mundo, isto é, a mais importante do panorama taurino mundial. Nunca aí tinha estado, nem tão pouco aí tinha presenciado qualquer corrida de toiros.
As razões da minha escolha foram, desde logo e, principalmente, a falta de afición que sinto no CP. Ir lá e sair de lá vazia, sem ter aprendido seja o que for e desapontada com o que vi, foi razão mais do que suficiente para me afastar. Depois, a distância que me separa do CP e de Las ventas é quase a mesma, com os custos em combustível e portagens a ficarem quase por metade na viagem para o país vizinho, foi decisivo para a minha opção. E, posso dizer, não estou arrependida…
A primeira corrida a que assisti em Las Ventas foi a da encerrona de Fandiño, a 29 de Março. Uma corrida que não não “deu” nada, mas com a qual aprendi muita coisa e donde saí a respirar toureio por todos os poros. Sim, porque em Madrid, quando não se toureia protesta-se (e de que maneira!), em vez de se aplaudir.
Repeti depois na “Isidrada”, a 22 de Maio e a 4 de Junho. E aí é que foram elas! Onde é que eu fui parar? Nada mais nada menos que ao famoso sector 7. Ali é mesmo sério… O grau de exigência é para muitos ridículo, mas quem lá está tem o seu conceito do que deve ser o toureio a pé e é um conceito fundamentado, não é só porque sim, não protestam só por protestar, ao contrário do que muitos por cá (e por lá) apregoam. E aí sim, aprendi coisas que nunca me tinham passado pela cabeça quando presenciava uma faena. Sim, porque, É VERDADE, eu nada percebo de toiros nem de toureio, muito menos de toureio a pé. Mas também vos posso dizer que, depois do que vi e ouvi, há por aí muitos entendidos que talvez percebam menos…
Ali houve toureio, mas só aquele de VERDADE, o que merece ser aplaudido,
nem que seja apenas por um lance de capote ou uns poucos e isolados passes de
muleta.
É VERDADE que não assisti a grandes faenas, com saídas em ombros, mas
aprendi muito (porque sabia pouco) do que é a VERDADE no toureio ou, se
quiserem, o que é o toureio de VERDADE.
Por: Catarina Afonso
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